Motivação para Concursos - Heleno Ferreira – Aprovado em 1º lugar no concurso da Polícia Federal/PE para o cargo de Agente Administrativo
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Motivação para Concursos - Heleno Ferreira – Aprovado em 1º lugar no concurso da Polícia Federal/PE para o cargo de Agente Administrativo


Heleno Ferreira – Aprovado em 1º lugar no concurso da Polícia Federal/PE para o cargo de Agente Administrativo


DEPOIMENTO

Heleno Ferreira 
Aprovado em 1º lugar no concurso da Polícia Federal/PE para o cargo de Agente Administrativo

"Fui radical. Abdiquei de tudo. Só dei um intervalo no natal, pois quem tem criança não pode fugir disso. Isso me deixou com a consciência pesada. Não tinha vontade de fazer mais nada além de estudar, pois minha situação financeira era (é) gravíssima. Cortei até telefonemas. Acho que concurso deve ser levado muito a sério. Eu penso que devo demonstrar respeito pelos meus concorrentes estudando o máximo! Cabelo grande, barbudo, igual ao tom Hanks no náufrago, assim eu era"


Tudo ou nada! Essa foi a concepção do Pernambucano Heleno Ferreira, há menos de um ano, quando decidiu largar seu emprego e apostar todas as suas fichas em concurso público. Casado e pai de duas filhas, Heleno vivia (ou sobrevivia) com apenas um salário mínimo e sua decisão radical foi tomada em busca de proporcionar uma vida melhor para sua família.


No caminho, Heleno esbarrou em várias dificuldades, mas nada superou a força de vontade desse concurseiro que, com muito esforço, alcançou o primeiro lugar no concurso da Polícia Federal/PE. Foram 2.054 candidatos por vaga, o maior, para este cargo, realizado no país. Confira nossa entrevista com esse guerreiro, que é um belo exemplo de força, garra e dedicação!


Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos? Em quantos e quais concursos já foi aprovado(a)? Qual o último?


Heleno Ferreira: Meu nome é Heleno Nascimento Ferreira, tenho 30 anos, sou natural de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Sou casado, pai de 2 filhas, Deborah (09) e Dafne (04), e atualmente desempregado. Ainda não iniciei Curso superior, pois pensava primeiro em me estabilizar financeiramente (coisa que nunca aconteceu!). Estudava e trabalhava em uma sociedade de economia mista estadual (sem estabilidade), desde 2008, como operador de produção. Em 26 de agosto de 2013, apostei todas as minhas fichas em melhorar um pouco de vida pedindo demissão do cargo, abandonando o pouco que tinha para me arriscar. Um dos momentos mais tristes de minha vida foi ter trabalhado tanto, sem ser reconhecido e sair sem ganhar nada (muitos debocharam pela escolha que fiz). Viver com 740 reais, pagando escola, conta de água e luz, hoje em dia, é sobrevivência. Não tinha opção. Precisava deixar minha zona de "desconforto".


Desde que comecei a estudar em 2006, já obtive algumas aprovações: Prefeitura de Paulista, Compesa, Correios, IBGE, Liquigás, Petroquímica Suape e Lafepe(o último cargo que ocupava). Havia de comum entre eles o fato de cobrarem apenas português e matemática, pois tinha medo de provas em que havia informática e "direitos".


Também já tive reprovações, como uma que me fez parar os estudos pela primeira vez, em 2007. Doeu bastante. Minha tentativa de retorno só ocorreu em 2010. Digo tentativa pois não durou 1 mês. O problema não era português e matemática, e sim dinheiro para se inscrever em concursos. Acreditem: isso acontece com muita gente.


Em 2011 fiz uma única prova sem estudar nada (correios), nem sabia da banca. Eu era daqueles concurseiros que achava que uma vez estudado um assunto, mesmo que anos atrás, não precisava estudar mais.


Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?


Heleno: Fui radical. Abdiquei de tudo. Só dei um intervalo no natal, pois quem tem criança não pode fugir disso. Isso me deixou com a consciência pesada. Não tinha vontade de fazer mais nada além de estudar, pois minha situação era (é) gravíssima. Cortei até telefonemas. Acho que concurso deve ser levado muito a sério. Eu penso que devo demonstrar respeito pelos meus concorrentes estudando o máximo! Cabelo grande, barbudo, igual ao tom Hanks no náufrago, assim eu era.


Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?


Heleno: Minha preparação era muita irregular e bagunçada antes da Polícia Federal. Eu sempre soube do nível dos concorrentes e que deveria estar em alto nível. Evitava fazer provas por causa do dinheiro da inscrição e também por causa do trauma de 2007. Não queria que ele se repetisse. Já sonhei com ATA-MF, TRF, CNJ e MPU. Mas não saiu da vontade. Hoje meu sonho é alguma Agência Reguladora. Ao longo da preparação seus objetivos vão mudando. Mas sempre foquei na área administrativa. Técnico judiciário ou administrativo era sempre o que me enchia os olhos.


Quanto a fazer outros concursos diferentes, passei por uma experiência interessante depois do edital da PF. Saíram os editais de ATA-MF, MAPA, ALEPE, MTE, ICMBIO e CAIXA. Esse é o tipo de situação que derruba muito candidato. Os três primeiros eram de bancas organizadoras diferentes da PF. Você olha o edital de um, material de outro, cursinho de um e outro, e acaba perdendo o foco. A gente sabe o alvoroço que é quando sai o edital. Meu tempo já era escasso por isso esqueci todos eles. Conheço uma amiga que se inscreveu em todos eles. Acho uma loucura! Sei que ninguém quer deixar a oportunidade passar mas deve haver cautela. Sem falar no custo benefício de estudar algo específico de uma área que não a sua como bancária, trabalhista, previdenciária, policial etc. e depois abandonar. Se for mesma banca organizadora acho válido se houver 1 mês no mínimo até prova.


Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?


Heleno: Eu iniciei em 2006 e fui até 2007. Tentei por 1 mês em 2010. Voltei em 2012 e fui até outubro deste mesmo ano. Voltei em maio de 2013 até agosto desse ano. De setembro até o edital fiquei muito perdido, pois queria atirar para tudo quanto é lado. Fazia tempo que não sentia a sensação de estar desempregado. É muito ruim. O concurseiro deve, mesmo sem estudar corretamente, manter a chama acesa. É obrigatório ficar atualizado.


Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?


Heleno: Para o concurso da PF estudei em casa, pois não havia condições de arcar com estudos, passagens de ônibus e lanches. Pensei também em economizar energia para estudar. O trânsito em recife é caótico e perde-se muito tempo estudando fora de casa. Não usei tele presenciais nem vídeo-aulas porque iniciei após edital a preparação para a PF. Eu nem sabia o que era autorização de concurso que sai 6 meses antes do edital. Eram 86 dias multiplicados por 8h/dia, o que me davam mais de 600h de estudos. Eu disse pra mim mesmo que se conseguisse cumprir isso uma vaga era minha. Estudei por livros e material em PDF. Antes de pedir demissão eu já possuía a maioria do material necessário. Eu prefiro o papel pois imprimo tudo. Se há muitas páginas eu uso sempre duas ou quatro páginas por folha. Quem não tem grana não pode se dar ao luxo de usar letras grandes rs. Acho importante vídeo-aula antes do edital. Porém não sei como as pessoas revisam os vídeos. Os livros são bem fundamentados e estão a mais tempo no mercado porém não possuem exercícios suficientes ou atualizados. O Cespe trabalha muito o raciocínio crítico e isso o livro dá conta. Os cursos em pdf são a preferência pelo fato de serem objetivos com teoria simplificada e muitos exercícios, além de permitirem um retorno rápido. Os Professores do Estratégia Concursos Nádia Carolina, Rodrigo Barreto, Sérgio Mendes e Fernando Pestana foram decisivos para meu êxito.


Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?


Heleno: Essa também é uma das minhas maiores preocupações. Nunca havia feito prova de Cespe, FCC ou Esaf. Sem falar que reiniciei toda a teoria depois do edital. Toda mesmo. Pouca gente acredita. Acentuação, princípios administrativos, tipos de constituição, estoques, introdução á arquivologia etc. De nada adiantava minha preparação anterior para bancas de menores expressão.


O Cespe cobra tudo diferente. Eram 600 horas disponíveis. Deu tanto que acabei antes do prazo a maioria. Eu fiz diferente do que manda o figurino. Foi tudo uma única leitura. Se tinha noções, era bem rápida. Caso contrário lia devagar. Sempre marcando de primeira (com marca-texto que permite apagar) os tópicos frasais, requisitos, condições e enumerações. Estudava várias matérias ao mesmo para produzir um efeito em meu cérebro parecido com o que é a prova do Cespe: tudo misturado e relacionado. Dividi os conteúdos programáticos em partes para poder ver os assuntos mais importantes em menos tempo. 


heleno


 POR 1, POR 2, POR 3 e POR 4 foi como dividi o livro do pestana em quatro partes. Iniciei POR 1 com ACENTUAÇÃO, POR 2 com PRONOME, POR 3 com TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO e POR 4 com REGÊNCIA. Fiz isso com informática, raciocínio lógico e direito constitucional. Pode ser feito com qualquer disciplina extensa ou complexa. Sem isso não teria evoluído em tão pouco tempo. Me permitiu fazer inter-relações entre os assuntos. As horas são exemplificativas. Nesse modelo chegava a estudar 5 a 7 disciplinas.


Primeiro comecei com as básicas com tempo maiores depois fui acrescentando aos poucos. No final ficou parecido com o exemplo anterior. Não fiz nenhum mapa mental nem resumo. Exercícios com moderação pois não acredito que ele ensinam, mas fixam. O estudo teórico para mim é prioridade. Fazia a releitura das marcações várias vezes.


Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?


Heleno: Tenho dificuldade em combinatória e probabilidade. Com o pouco tempo foi impossível aprender. Ainda bem que caiu apenas 1 item. Concurseiro também tem sorte! Para superar as disciplinas que tinha mais dificuldade eu adicionava tempo. Mas nada que ultrapassasse 2h30. Se a disciplina era importante tinha que aprender de todo jeito, caso contrário não estudava com tanto afinco. Até na teoria pulava coisas extremamente detalhadas, pois o Cespe é uma prova de conceitos básicos.


Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?


Heleno: Nessa etapa equilíbrio foi o meu segredo. Gosto de avançar igual ao exército de esparta: em bloco. As disciplinas que valem mais devem ter maior atenção sempre. AFO e Português foram as disciplinas que mais estudei e não me decepcionaram pois caíram 30 itens das duas (1/4 da prova, porém 1/3 de minha meta que eram 90 pontos). Releitura e exercícios de 2013 eram minha prioridade. Não dá pra inventar moda! Só fiquei na agonia com a LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA, posto que iniciei faltando um mês para a prova. Não consegui revisar tudo, o que me fez sentir que não ia dar. Fui fazer a prova com bolsa e livros para revisar no caminho, mas não pude usar no prédio. Totalmente desaconselhado.


Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desalecerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?


Heleno: Para quem estuda antes do edital achar que pode desacelerar na reta final pode ser uma armadilha. Como iniciei após o edital cheguei na prova esgotado fisicamente. Tive que tomar um suco especial à base frutas e verduras para ter energia. É bom não cometer exageros nem se achar tão confiante a ponto de tirar o pé!


Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?


Heleno: Vários erros: estudar depois do edital, trocar de material depois do edital, não fazer provas nem simulados, não revisar todas as disciplinas antes da prova.


Maiores acertos: estudar por ciclos, desenvolver um método estudo adaptado, não perder tempo em facebook, optar por estudar mais teoria do que fazer milhares de exercícios, planejar cada passo antes de executar.


Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?


Heleno: Alguns erros cruciais que considero são: apenas fazer exercícios, estudar de uma única maneira sempre, resolver exercícios muito antigos, resolver exercícios de bancas e cargos diferentes do certame em demasia, não ter uma meta de pontuação a atingir na prova, estudar por materiais de péssima qualidade, não fazer revisões corretamente, estudar sem fazer marcações no material para facilitar revisão, assistir vídeos em excesso a ponto de abandonar material escrito e escrever pouco


Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?


Heleno: A decisão de pedir demissão do emprego com duas crianças para alimentar, vencer a insônia e a falta de recursos para investir em concursos.


Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para um concurso concorrido como o seu? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!


Heleno: Se você deseja passar em um concurso concorrido como o da polícia federal, ou parecido, vai precisar não só de estudo, bons materiais e professores, como também de um diferencial em relação aos concorrentes, pensar em coisas nas quais você pode incrementar ao seu estudo e ter uma estratégia para atingir o seu objetivo.


Estudem com garra, sem medo de concorrência e número de vagas, respeitando o trabalho da banca organizadora, porém nunca receoso. Superar uma concorrência de 2054/vaga é uma sensação indescritível que você pode sentir se estudar da forma correta. Abraços a todos que contribuíram para essa aprovação e aos concurseiros 2.0 desse país.


Confira outras entrevistas em:


http://www.estrategiaconcursos.com.br/depoimentos/


Assessoria de Comunicação





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