Minhas amigas, meus amigos,
Estamos a algumas horas do fim de 2013 e do começo de 2014. Dependendo de quando vocês estiverem lendo este artigo, faltará um pouco mais ou um pouco menos de tempo para aquele momento que me atrevo a chamar de mágico, pelo encanto que traz a todos nós a virada do calendário para o dia 1º de janeiro. É fato: sempre que dá meia-noite de 31 de dezembro, sentimos vontade de abraçar e beijar nossos entes queridos, de brindar com eles e desejar-lhes "tudo de bom", "felicidades", "paz e amor", "feliz Ano Novo".
É bom, é gostoso, é especial, é lindo de ver – e de viver. Por uma bela coincidência – ou escolha divina? –, a festa ocorre logo depois do Natal, outro evento maravilhoso que nos conduz a uma confraternização repleta de amor e sentimentos de fraternidade, amizade, fé e solidariedade.
Como é gostosa, em todos os sentidos, esta época do ano. E como é bom estarmos aqui para comemorar o fechamento de mais um ciclo de dedicação ao trabalho, de superação de obstáculos, de objetivos atingidos, de metas alcançadas, de vitórias e de sucesso. Se não é o caso e 2013 não tiver sido tão bom assim, brindemos do mesmo jeito à chegada do Novo Ano, lançando novos desejos de que tudo de melhor aconteça nos 365 dias que vamos ver iniciar daqui a pouco.
A virada do ano é uma data que comemoro com muito prazer junto à família, quase sempre mudando o formato do nosso réveillon. (O termo elegante é emprestado do francês e nunca sai de moda.) No último 31 de dezembro, fui a São Paulo disputar a tradicional e badalada Corrida de São Silvestre, para depois me reunir ao clã Granjeiro até a hora da chamada "passagem do ano". Outras vezes, optei por ver a chegada do Ano Novo fora de Brasília, em algum aprazível recanto de férias ou viajando ao exterior. Mas também já celebrei a data em casa, com as pessoas mais queridas do meu círculo, que são a família e os amigos.
Qualquer que seja o lugar, tudo que quero é estar sempre de bem com a vida, para desejar o melhor possível a todos e receber de volta esses bons fluidos. São eles que tanto me ajudam na travessia dos 12 meses seguintes, com saúde, coragem e otimismo para viver os bons e – por que não? – também os maus momentos que podem surgir pelo caminho. É nesse contexto que costumo levar comigo este pensamento, que sempre me fortalece na travessia do oceano turbulento e na compreensão dos momentos de calmaria:
"A vida é como lamber mel de espinhos. Tem momentos bons e ruins."
Este ano, optei por permanecer na cidade e assistir à queima de fogos no Lago Paranoá, de um restaurante no Pontão. Tenho certeza de que será muito bom. Os fogos são lindos e, junto com o espocar em série dos rojões, que dura cerca de 20 minutos, funcionam como um forte estímulo para as minhas emoções. E eis que chega o momento tão esperado, junto com o champanha e, claro, a animação do ambiente, onde todos estão na mesma vibração. E gritamos, e cantamos, e bebemos, e brindamos, e pintamos e bordamos…
Pesquisei em minha biblioteca o que grandes pensadores e escritores já disseram sobre o Ano Novo, para fechar este artigo como mensagem de Feliz 2014. Não encontrei nada que fosse mais bonito, mais inspirador; nada que captasse a essência da data de forma tão universal como faz o poema a seguir, em que vamos ao encontro da genialidade de Carlos Drummond de Andrade, num de seus melhores dias. Leiam, meditem e desfrutem:
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Esse belíssimo poema parece feito sob medida para quem, como você, concurseira ou concurseiro que me lê, está às vésperas de viver momentos decisivos. Após a pausa para as festas deste fim de dezembro, tudo volta ao normal a partir de 2 de janeiro de 2014. Nesse dia, quando você acordar, estará novamente diante da rotina de aulas e de muito estudo até o primeiro concurso do ano, qualquer que seja ele. E muitos outros virão em seguida. Em 2014 haverá milhares de vagas à espera de quem está na estrada dos concursos públicos. Uma delas certamente será de alguém que está lendo meu artigo neste momento. Será você? Tenho certeza de que sim. Por isso, desejo que você seja muito bem-sucedido em 2014. Que esse seja realmente um feliz Ano Novo e que todos tenham uma Vida Nova e conquistem o seu
Feliz Cargo Novo!
J. W. GRANJEIRO
Presidente do GRAN CURSOS
Vice-Presidente da ANPAC
Coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos – MMC.
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